quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Programação Setembro de 2011: O Futebol no Cinema

O Futebol é o esporte mais praticado e popular do mundo e a sua influência no cotidiano das pessoas foi inúmeras vezes retratado no cinema, seja nas brincadeiras das crianças, seja em guerras e disputas políticas.

O Cine Clube Ybitu Katu exibe:

03/09: Linha de Passe (Walter Salles & Daniela Thomas, 2008) - Brasil
O filme conta a história de quatro irmãos que vivem na periferia de São Paulo. Com a ausência do pai, precisam lutar por seus sonhos. Reginaldo, o mais novo, procura obstinadamente seu pai que nunca conheceu. Dario, prestes a completar 18 anos, sonha com uma carreira como jogador de futebol profissional. Dinho, frentista em um posto de gasolina, busca na religião o refúgio para um passado obscuro. Dênis, o irmão mais velho, já é pai de um filho e ganha a vida como motoboy. No centro desta família está Cleuza, que, aos 42 anos, está grávida do quinto filho. Duração: 113 minutos.

10/09: Two Half Times in Hell (Zoltán Fabri, 1962) - Hungria
Para o aniversário de Hitler, os alemães decidem organizar uma partida de futebol contra os prisioneiros húngaros durante a Segunda Guerra Mundial. Eles determinam que Ónodi, um famoso jogar de futebol, organize o time. Ónodi por sua vez exige comida, uma bola e dispensa do trabalho para treinar. Porém, ele é convencido pelo “time” a fugir, assim que encontram uma oportunidade. O filme de Fábri é bonito e intenso. Duração: 140 minutos.

17/09: O Medo do Goleiro Diante do Penalti (Win Wenders, 1972) - Alemanha
Baseado em obra de Peter Handke, o filme é centrado na figura do goleiro Joseph Bloch. Após ser substituído em uma partida, ele deixa o campo e passa a noite com uma atendente de cinema. Sem motivos, ele estrangula a moça na manhã seguinte. Pelos jornais, percebe que a polícia está cada vez mais perto e, sem se importar, vai a um jogo de futebol. Duração: 101 minutos.

24/09: O Viajante (Abbas Kiatostami, 1970) - Irã
Em Mossafer, Kiarostami construiu uma brilhante parábola sobre um garoto em idade escolar, negligenciado pelos pais, que utiliza de quaisquer meios para viajar até Teerã e poder assistir ao jogo da seleção nacional de futebol. Duração: 70 minutos.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

20/08: Zelig (Woody Allen, 1983)

Zelig - Woody Allen (1983)

Sinopse
m pseudo-documentário sobre a vida de Leonard Zelig (Woody Allen), o homem-camaleão, que tinha o dom de modificar a aparência para agradar as outras pessoas. Duração: 80 minutos

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

13/08: Manhattan (Woody Allen, 1979)

Manhattan - Woody Allen (1979)

Sinopse
Um escritor de meia-idade divorciado (Woody Allen) se sente em uma situação constrangedora quando sua ex-mulher decide viver com uma amiga e publicar um livro, no qual revela assuntos muito particulares do relacionamento deles. Neste período ele está apaixonado por uma jovem de 17 anos (Mariel Hemingway), que corresponde a este amor. No entanto, ele sente-se atraído por uma pessoa mais madura, a amante do seu melhor amigo, que é casado. Duração: 95 minutos

Crítica: Manhattan (Woody Allen, 1972)

por Rodrigo Carreiro
Extraído de http://www.cinereporter.com.br/criticas/manhattan/

“Manhattan” (EUA, 1979) é um desses filmes que expõem, da maneira mais dura possível, o enorme abismo que separa público e crítica cinematográfica. Ao longo dos anos, especialistas e estudiosos de cinema aprenderam a amar esse filme e considerá-lo como o melhor da longa e prolífica carreira do cineasta. Por outro lado, “Manhattan” não costuma ganhar palavras agradáveis dos habituais fãs do diretor. Muita gente acha que o filme é, na verdade, decepcionante. Afinal de contas, quem está com a razão?

Minha resposta, entre as muitas possíveis: nem os críticos e nem o público. “Manhattan” não é o melhor filme de Woody Allen, posto que pode ser disputado tranqüilamente por vários outros grandes filmes do mestre novaiorquino (“Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”, “A Rosa Púrpura do Cairo” e “A Outra”, só para citar alguns). Mas é um trabalho ambicioso, que marcou uma fase de transição importante para a carreira de Allen. “Manhattan” transita entre a comédia romântica, a crônica de costumes e a homenagem a uma cidade neurótica. Talvez por mirar em três alvos tão diferentes, Woody Allen não tenha conseguido agradar a gregos e troianos.

Na verdade, não agradou nem a ele mesmo; na época do lançamento do filme, Woody Allen chegou a se oferecer para dirigir outro filme de graça para a Universal, o estúdio que bancou a obra, por achar que tinha feito um filme ruim. Depois, mudou de opinião. Em parte, fez isso devido à excelente recepção de críticos respeitados, como Roger Ebert.

Os elogios vieram por uma parte de especialistas que conseguiu compreender a verdadeira intenção de Woody Allen. Em 1979, o cineasta iniciava uma guinada ambiciosa na carreira cinematográfica. Allen desejava abandonar definitivamente o personagem cômico que havia criado em filmes como “Bananas” e “A Última Noite de Boris Grushenko”, e passar a filmar histórias mais densas, de humor mais refinado, com um toque de análise da condição humana. Algo na linha do grande ídolo de Allen, o diretor sueco Ingmar Bergman.

“Manhattan”, portanto, não é uma comédia anárquica como “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”, que havia dado o Oscar ao cineasta dois anos antes e permanecia vívido na memória do público. O filme tem uma fotografia esplêndida de Gordon Willis, em preto-e-branco, e caminha num ritmo tranqüilo. Não provoca gargalhadas a cada minuto, mas traz um enfoque crítico e bem-humorado a um aspecto da condição humana que Woody Allen iria, a partir dali, inspecionar repetidamente em seus filmes: a frivolidade dos relacionamentos amorosos nos grandes centros urbanos.

Isaac Davis (Allen) é o protagonista. Ele escreve um programa de TV bem-sucedido, mas não gosta do que faz. Foi abandonado pela mulher, Jill (Meryl Streep), que a trocou por uma garota; ela ameaça escrever um livro contando os podres do casal. Davis namora com uma garota de 17 anos, Tracy (Mariel Hemingway), e sofre porque não acredita numa relação com uma adolescente.

Nesse ínterim, o melhor amigo dele, o professor Yale (Michael Murphy), começa a trair a esposa com uma excêntrica intelectual da cidade, Mary Wilkie (Diane Keaton). No começo Davis a odeia, mas então algo muda dentro dele, e os dois começam a se aproximar. A confusão amorosa, como se pode ver, está armada. Não é um triângulo amoroso, com um rolo complicado que ninguém sabe direito onde começa, e muito menos onde vai terminar.

O texto limpo e preciso de Woody Allen ganha a tradução visual adequada nas mãos de Gordon Willis, que comanda um tour pelos principais pontos turísticos de Nova York (o museu Guggenheim, o Planetário, a Ponte do Brooklyn, cafés badalados) e integra perfeitamente cada um desses ambientes à história. A fotografia em preto-e-branco não enfatiza os contrastes, mas o jogo de sombras e as tonalidades acinzentadas, o que ajuda a imprimir ao filme o ritmo nostálgico que ele pede.

No final das contas, “Manhattan” é um filme de atores; uma comédia sem piadas – o que talvez seja a causa das críticas negativas que recebe. Woody Allen mantém parte da persona que construiu para si mesmo, o intelectual tagarela e inseguro, mas oferece, na verdade, uma versão mais rica e complexa de si mesmo. E o desempenho espontâneo de Mariel Hemingway confere o misto de jovialidade e sofisticação que o filme pede.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

03/08: Tudo o que você sempre quis saber sobre sexo (e tinha medo de perguntar) (Woody Allen, 1972)

Tudo o que você sempre quis saber sobre sexo (e tinha medo de perguntar) - Woody Allen (1972)

Sinopse
Woody Allen pega o livro sério sobre sexo de David Reuben e transforma seus capítulos na mais pura avacalhação. Prepare-se para ver um corpo humano por dentro em pleno ato sexual, um cientista que quer criar a máquina de sexo, a mulher que só tem orgasmo em locais perigosos... Muita confusão na melhor fase de Woody Allen. Duração: 87 minutos

Programação de Agosto: Woody Allen

Um dos principais comediantes do cinema norte-americano, Woody Allen encontrou uma boa maneira de fazer psicanálise: levando seu divã para o cinema. Com diálogos ágeis e humor ácido, expõe as fraquezas humanas enquanto critica a sociedade americana e a comunidade judaica à qual pertence.

Cine Clube Ybitu Katu exibe:

06/08: Tudo o que você sempre quis saber sobre sexo (e tinha medo de perguntar) (1972)
Woody Allen pega o livro sério sobre sexo de David Reuben e transforma seus capítulos na mais pura avacalhação. Prepare-se para ver um corpo humano por dentro em pleno ato sexual, um cientista que quer criar a máquina de sexo, a mulher que só tem orgasmo em locais perigosos... Muita confusão na melhor fase de Woody Allen. Duração: 87 minutos

13/08: Manhattan (1979)
Um escritor de meia-idade divorciado (Woody Allen) se sente em uma situação constrangedora quando sua ex-mulher decide viver com uma amiga e publicar um livro, no qual revela assuntos muito particulares do relacionamento deles. Neste período ele está apaixonado por uma jovem de 17 anos (Mariel Hemingway), que corresponde a este amor. No entanto, ele sente-se atraído por uma pessoa mais madura, a amante do seu melhor amigo, que é casado. Duração: 95 minutos

20/08: Zelig (1983)
Leonard Zelig (Woody Allen) é um artista inseguro que o obriga a imitar as pessoas ao seu redor física e mentalmente. Conhecido como o artista camaleão, Zelig começa a fazer um tratamento para cura-se desse mal que o persegue. Lentamente, Zelig desenha sua personalidade, mas quando as marcas do passado começam a aparecer, o homem camaleão tenta fugir desse passado obscuro. Duração: 79 minutos

27/08: Rosa Púrpura do Cairo (1985)
Em área pobre de Nova Jersey, durante a Depressão, uma garçonete (Mia Farrow) que sustenta o marido bêbado e desempregado, que só sabe ser violento e grosseiro, foge da sua triste realidade assistindo filmes. Mas ao ver pela quinta vez "A Rosa Púrpura do Cairo" acontece o impossível! Quando o herói da fita sai da tela para declarar seu amor por ela, isto provoca um tumulto nos outros atores do filme e logo o ator que encarna o herói viaja para lá, tentando contornar a situação. Assim, ela se divide entre o ator e o personagem. Duração: 81 minutos