segunda-feira, 29 de junho de 2009

Programação Julho 2009

Programação Julho 2009: Stanley Kubrick - Primeiros filmes
Dez anos após sua morte, o renomado diretor norte-americano Stanley Kubrick ainda é uma enorme referência para o cinema no mundo todo. Diretor de grandes clássicos como "Laranja Mecânica" e "2001-Uma Odisséia no Espaço", Kubrick produziu marcou presença na história do cinema, sendo um dos cineastas mais importantes do século XX, graças a seus filmes brilhantes, polêmicos e de grande sucesso de crítica e de público.

Cartaz Julho 2009

sábado, 20 de junho de 2009

27/06: A Liberdade é Azul

A Liberdade é Azul - Krzysztof Kieslowski (1993)

Sinopse
Após um trágico acidente em que morrem o marido e a filha de uma famosa modelo (Juliette Binoche), ela decide por renunciar à sua própria vida. Após uma tentativa fracassada de suicício, ela volta a se interessar pela vida ao se envolver com uma obra inacabada de seu marido, que era um músico de fama internacional. Vencedor de 13 prêmios, entre eles, o Leão de Ouro do Festival de Veneza. Duração: 100 minutos.

27/06 - Talking Heads

Talking Heads - Krzysztof Kieslowski (1980)

Sinopse
São feitas apenas três perguntas aos entrevistados: em que ano você nasceu, quem é você e o que você mais deseja. Começando com um entrevistado recém-nascido, as mesmas perguntas vão sendo feitas até chegar à última entrevistada: uma senhora de mais de um século. Com respostas que variam do óbvio "sou fulano" a longas filosofias, Talking Heads parece, afinal, deixar as perguntas para o próprio espectador pensar se poderia respondê-las. Duração: 15 minutos.

Crítica - A Liberdade é Azul

por Rodrigo Carreiro
Extraído de http://www.cinereporter.com.br/dvd/liberdade-e-azul-a/


Ousadia de associar a liberdade à morte de pessoas amadas rende filme intenso e humano

Não existe dor maior que um ser humano pode sentir do que perder um filho. Não se trata de especulação, mas de um fato concreto; quem tem filho sabe que o simples pensamento sobre a possibilidade de nunca mais vê-lo já é capaz de causar arrepios. O que dirá, então, de perder não apenas um filho, mas também o marido, durante um acidente de automóvel absolutamente estúpido e banal? É isso o que acontece com Julie (Juliette Binoche), logo no início de “A Liberdade É Azul”, o belo filme de Krzysztof Kieslowski que abre a famosa Trilogia das Cores, composta também por “A Igualdade É Branca” e “A Fraternidade É Vermelha”.

A escolha do tema, em si, já é de uma ousadia quase herética do diretor. Quem mais pensaria em associar um sentimento aparentemente tão positivo e promissor, como a liberdade, a um acontecimento tão doloroso como a morte das duas pessoas que mais se ama? A abordagem do tema é, como quase todo o cinema de Kieslowski, surpreendente e inusitada, mas também intensa, delicada e sobretudo humana, muito humana. A lição que o filme nos dá – e a obra do cineasta polonês está repleta de lições, ainda que “ensinadas” sem nenhum cacoete didático – é simples e até banal, mas certamente verdadeira: o destino pode sortear as pessoas de muitas formas, inclusive com muita dor, e não há o que fazer a não ser viver cada situação que se apresenta com intensidade e honestidade.

Na ótica de Kieslowski, a morte da filha e do marido liberta Julie. Há nessa afirmação uma crítica sutil à instituição do casamento e à família. As duas coisas funcionam, quando analisadas sob esse ângulo, como amarras sociais; são hábitos culturais que estão profundamente arraigados no homem, talvez para combater a solidão que nos acompanha a vida inteira. De qualquer forma, a experiência de Julie é absolutamente radical. Após construir sua vida ao redor de dois indivíduos profundamente amados, ela vê de repente tudo desabar por causa de um vazamento no sistema de freios do carro novinho da família. Uma estupidez possível.

A dor dela é palpável; em certos momentos Julie pára sufocada, com dificuldade até para respirar. Mas é uma reação muda, pois ela não consegue chorar (“eu choro pela senhora”, diz em certo momento a criada da família, em cena belíssima). Não consegue nem mesmo se suicidar; tenta engolir um vidro inteiro de pílulas, ainda no hospital, mas não tem coragem. A cena é emocionante, e explica perfeitamente a radical decisão seguinte da personagem, em torno da qual todo o filme será organizado: Julie decide cortar relações com a vida, cometer uma espécie de suicídio a longo prazo. Doa os móveis, queima as lembranças do marido e da filha, abandona a casa e os amigos, deixa de trabalhar. Aluga um pequeno apartamento em Paris e decide esperar a morte chegar. Só que mesmo na vida mais acética, como mostra Kieslowski, o sentimento – aquilo que nos faz humanos – dá um jeito de brotar.

Um detalhe interessante do filme é o visual requintado, bem diferente do trabalho normal do diretor, que é mais despojado. A fotografia de Slavomir Idziak carrega nos tons azulados e capricha nas composições, algo incomum na filmografia do diretor; um bom exemplo é a tomada, logo no início, que mostra o vazamento no freio do carro em primeiro plano, com a filha de Julie indo fazer xixi na beira da estrada, ao fundo. As cenas com Julie na piscina, uma imensidão azul com iluminação fluorescente, traduzem perfeitamente a protagonista: gelada, triste. Vale lembrar que a palavra “blue”, em inglês, significa tanto “azul” quanto “sentimento de tristeza”. A escolha da história de Julie para ilustrar o tema da liberdade, bem como a cor associada ao sentimento, foram perfeitas.

Outro marco importante do filme realizado através de detalhes estéticos é a utilização da música de Zbigniew Preisner, um colaborador constante. Cabe aqui uma informação importante: o marido de Julie era um maestro famoso e compunha uma sinfonia para ser executada na cerimônia de unificação da Europa, trabalho que fica incompleto porque a mulher decide destruir as partituras. Mas o trecho mais emocionante da sinfonia fica gravado na cabeça dela, e é executado todas as vezes em que as memórias da família afloram; nesses momentos, a tela fica negra, como se a personagem sofresse um blackout emocional. Ou talvez Kieslowski quisesse preservar a intimidade de Julie naquele momento de dor suprema. As duas soluções são válidas, e muito bonitas.

“A Liberdade É Azul” é mais triste e doloroso do que outros filmes do cineasta. É verdade que a obra de Kieslowski está impregnada de um sentimento perene de melancolia, mas nesse filme existe dor, e ela é contundente. Outra característica do diretor, contudo, foi inteiramente preservada: é impossível antecipar os rumos da trama. Em sua nova vida, Julie vai ter que reaprender a usar os sentidos, bem como descongelar os sentimentos, mas isso ocorre paulatinamente, e de maneiras completamente inesperadas.

Perceba, no entanto, a sutileza e a inteligência de Kieslowski ao mostrar o relacionamento (frio, porém fundamental) entre Julie e a mãe, que está internada em um asilo. A velhinha nem sequer reconhece a filha, mas passa os dias assistindo a vídeos de gente de meia idade praticando esportes radicais, como bungee jumping. A mãe de Julie nem sabe, mas celebra a vida de uma forma que a filha não consegue. É interessante notar, portanto, que embora jamais converse com ela sobre isso – na verdade, não conversa com ninguém sobre assuntos pessoais –, são os poucos momentos com a mãe que insinuam a Julie uma mudança de comportamento.

Para os cinéfilos mais apressadinhos, que podem não ver muito sentido na trajetória errática da protagonista, a dica é ter um pouco de paciência e assistir ao filme até os créditos. Somente no final toda a trajetória de Julie vai fazer sentido. Aliás, quando o filme acaba – de uma maneira surpreendente, apenas para confirmar a regra de imprevisibilidade dos filmes do diretor –, dá até para dizer que “A Liberdade É Azul” é otimista. Dolorosamente otimista. A título de curiosidade: atente para a aparição-relâmpago do casal do filme seguinte da trilogia, “A Igualdade É Branca”, em uma rápida cena no tribunal.

A Versátil lançou o DVD no Brasil duas vezes, em edições bem diferentes. A primeira, em 1999, traz o filme em tela cheia (4:3, com laterais cortadas), som regular (Dolby Digital 2.0) e uma curta entrevista de quatro minutos feita com o diretor polonês. O filme foi relançado em 2006 com formato de imagem correto (wide 1.85:1 anamórfico), som remasterizado (Dolby Digital 2.0) e uma batelada de material extra, incluindo uma análise crítica da professora carioca Andréa França (que escreveu um livro sobre Kieslowski), cenas revisadas pelo próprio diretor, making of com cenas de bastidores e entrevistas. Todos os extras somam mais de uma hora e têm legendas em português. O longa também está disponível em uma caixa intitulada “Trilogia das Cores”, que engloba os dois outros filmes da série.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

13/06 - Sem fim

Sem fim - Krzysztof Kieslowski (1985)

Sinopse
O ano é 1982: Polônia está sob lei marcial, e o sindicato Solidariedade está banido. Ulla, uma tradutora trabalhando com Orwell, perde o marido, Antek, um advogado. Ela é tomada pela dor, e continua a ver Antek. Ela procura libertar-se no trabalho, na relação com o filho, no sexo e na hipnose. Ula faz amizade com a esposa de um dos clientes de seu marido, Darek, um líder do Solidariedade preso, e indica um velho advogado para defendê-lo. Duração: 108 minutos.

13/06 - O escritório

O escritório - Krzysztof Kieslowski (1966)

Sinopse
Filmado com uma câmera escondida, o documentário satiriza a burocracia e o trabalho de um escritório. Segundo filme dirigido pelo mestre polonês, Krzysztof Kieślowski. Dur: 5 minutos.

Crítica - Sem fim

Bez Konca é, a princípio, um filme sobre o sofrimento de uma mulher: Urszula, que perde o marido Antek, um advogado que trabalhava numa causa política, na Polônia de 1982. Em segundo lugar, é um filme de crítica social. Uma crítica velada ao comunismo distorcido da URSS, no auge da guerra fria.

Quando morreu, vítima de um ataque cardíaco, Antek defendia um trabalhador detido sob a acusação de liderar uma greve, coisa que de fato ele havia feito. Urszula, então, indica a Joanna, mulher do líder grevista Darek, um advogado velho e conservador, conhecido de seu marido, para substituí-lo no caso. Ela se aproxima desta mulher, mas nunca além de um determinado limite. Nunca deixando que o drama de Joanna interfira no seu, ou ganhe maior proporção na sua vida, como chega a admitir numa conversa com ela.

O advogado indicado pela viúva acaba aceitando o caso e começa a tentar persuadir Darek a não seguir protestando, em troca de sua liberdade. Enquanto isso, Urszula busca se livrar da memória de seu marido, mas mesmo quando tem relação com um estranho, o faz pela semelhança das mãos deste com as do falecido. Antek morrera, mas persistia acompanhando os passos da mulher, que continuava a vê-lo e a sentir sua presença. As duas histórias – a de Urszula e a do preso político – pouco se misturam durante o filme, mas caminham sempre lado a lado, como que numa continuação da vida do advogado. E o fato é que a morte de Antek faz desmoronar os planos de Darek e a vida inteira de Urszula.

Bez Konca é obra de um dos grandes gênios da história do cinema. Kieslowski não tem par. Ele abusa dos seus sentidos pra alcançar o extra-sensorial em você. E em Bez Konca está exposto todo seu inesgotável talento. Está presente a música clássica perfeita de Zbigniew Preisner. Está presente a lindíssima fotografia, traduzindo o clima frio da Polônia oprimida pela lei marcial, a depressão da mulher após a perda do marido e os dramas de toda a nação – representados em Darek, Joanna e na impossibilidade da lei diante da ditadura. Estão presentes os escassos, mas sempre precisos, diálogos – precisos todos os sentidos: nunca sobram ou faltam, em quantidade ou em conteúdo. E ele esbanja nos movimentos e no posicionamento das câmeras. Esbanja habilidade, sensibilidade. Bez Konca pode não ser o melhor filme do polonês, mas é um filme espetacular. E, como todo Kieslowski, é pra ser apreciado como uma verdadeira obra-de-arte. Porque ele entendeu melhor que qualquer outro cineasta o porquê de o cinema ser considerado uma arte. Kieslowski é o mais artista dos diretores. Ou, ao menos, o que mais me agrada o gosto.

Biografia: Krzysztof Kieslowski

Figura proeminente do cinema europeu, Kieslowski foi um cineasta maior, sendo um dos mais aclamados dos últimos trinta anos ao mesmo tempo que é uma tremenda influência para muitos outros. O seu cinema nunca foi feito simplesmente para entreter, mas sim para instruir e informar, comover e inspirar, provocar e incomodar.

Nascido a 27 de Junho de 1941 em Varsóvia, o realizador polaco cresceu sob o espectro de Hitler e Stalin, anos esses algo nómadas visto que o seu pai era tuberculoso e assim a família viajava de sanatório para sanatório. Aos 16 anos, Krzysztof frequentou uma escola de treino para bombeiros, aventura da qual desistiu passados três meses. Sem grandes perspectivas futuras, ingressou numa escola para técnicos de teatro em Varsóvia, por ser dirigida por um familiar. Mas acabou por estudar cinema, tendo-se candidatado à escola de cinema de Lodz, a mesma que formou cineastas tão reputados como Roman Polanski ou Andrzej Wajda. Rejeitado por duas vezes, conseguiu ser admitido à terceira tentativa. Frequentou a dita escola entre 1964 e 1968, período durante o qual o governo permitia um grau de liberdade artística relativamente alto. Durante e depois da sua estadia na mesma, Kieslowski realizou principalmente documentários em curta-metragem, aclamados e vencedores de vários prémios em festivais nacionais e internacionais.

A sua estreia no cinema com longas-metragens deu-se em 1976 com Blizna (A cicatriz), um drama de realismo social que mostrava a revolta de uma pequena cidade contra um mal planeado projecto industrial. Seguiu-se Amator (Amador), um drama dilacerante caracterizado por um certo nível filosófico, onde a função da arte e o seu relacionamento com o papel do artista são implicitamente demonstrados. Regressou seis anos depois com Bez konca (Sem fim), talvez o seu filme mais manifestamente político, ao expor julgamentos políticos do invulgar ponto de vista do fantasma de um advogado e da sua viúva. Depois veio Przypadek (Sorte Cega), poderoso drama político-social que alerta para a escolha consciente como uma necessidade imperativa.

Mais tarde, Krzysztof Kieślowski realizou para a Televisão Polonesa uma série de filmes baseados nos Dez Mandamentos (chamada Decálogo) - um filme por mandamento, todos tratando de conflitos morais. Dois deles foram posteriormente produzidos, transformados em longa-metragens: Não Matarás e Não Amarás. A forma de contar a história muda nesta fase. O diretor passa a usar uma quantidade mínima de diálogos, concentrando-se no poder da imagem e das cores. As palavras são substituídas por uma poesia imagética.

O cineasta aprimora seu estilo ao realizar seus próximos filmes. Os quatro últimos filmes do diretor foram realizados através de uma produção francesa: "A dupla vida de Veronique" (estrelando Irène Jacob) e a Trilogia das Cores (A liberdade é azul, A Igualdade é Branca e A Fraternidade é Vermelha). A trilogia das cores foram filmes os quais deram um maior sucesso comercial ao diretor. São baseados nas cores da bandeira francesa e no slogan da revolução do país. O toque de Kieslowski está na sua representação das palavras liberdade, igualdade e fraternidade e na forma que as cores dão o ambiente psicológico da história. Outro ponto interessante é reparar no cruzamento de elementos em comum entre os três filmes.

Depois do último filme da trilogia o diretor anunciou a sua aposentadoria devido ao fato de estar cansado de fazer cinema. Porém, começa a escrever o roteiro da trilogia "Paraíso, Purgatório e Inferno", baseada na Divina Comédia de Dante Alighieri. Kieślowski morre em 1996, aos 54 anos, sem concluir esses filmes. Em 2002, Paraíso foi filmado sob a direção de Tom Tykwer; Inferno em 2005, dirigido por Danis Tanovic e Purgatório em 2007 por Stanislaw Mucha.

Filmografia Krzysztof Kieslowski
1994 - A fraternidade é vermelha (Trois couleurs: Rouge)
1994 - A igualdade é branca (Trzy kolory: Bialy)
1993 - A liberdade é azul (Trois couleurs: Bleu)
1991 - A dupla vida de Veronique (La double vie de Véronique)
1990 - City life
1989 - Decálogo (Dekalog) (TV)
1989 - Dekalog, dziesiec (TV)
1988 - Não amarás (Krótki film o milosci)
1988 - Não matarás (Krótki film o zabijaniu)
1988 - Siedem dni w tygodniu
1987 - Sorte cega (Przypadek)
1985 - Sem fim (Bez konca)
1981 - Dia curto de trabalho (Krótki dzien pracy) (TV)
1980 - A calma (Spokój) (TV)
1980 - Estação de trens (Dworzec)
1980 - Pessoas que falam (Gadajace glowy)
1979 - Amator
1978 - Sete mulheres de idades diferentes (Siedem kobiet w róznym wieku)
1978 - O ponto de vista do porteiro noturno (Z punktu widzenia nocnego portiera)
1977 - Eu não sei (Nie wiem)
1976 - A cicatriz (Blizna)
1976 - Pessoal (Personel) (TV)
1976 - Klaps
1976 - Hospital (Szpital)
1975 - Curriculum vitae (Zyciorys)
1974 - Passagem subterrânea (Przejscie podziemme) (TV)
1974 - Primeiro amor (Pierwsza milosc) (TV)
1974 - Raio X (Przeswietlenie)
1973 - Pedreiro (Murarz)
1972 - Entre Wroclawiem e Zielona Gora (Miedzy Wroclawiem a Zielona Gora)
1972 - Princípios de segurança e higiene numa mina (Podstawy BHP w kopalni miedzi)
1972 - Refrão (Refren)
1971 - Fabryka
1971 - Antes da reunião (Przed rajdem)
1971 - Trabalhadores nada sobre nós sem nós (Robotnicy 1971 - Nic o nas bez nas)
1970 - Eu era um soldado (Bylem zolnierzem)
1968 - A fotografia (Zdjecie) (TV)
1968 - Da cidade de Lódz (Z miasta Lodzi)
1967 - Concerto de pedidos (Koncert zyczen)
1966 - O trem (Tramwaj)
1966 - O escritório (Urzad)

sábado, 6 de junho de 2009

04/06 - Não amarás

Não amarás - Krzysztof Kieslowski (1988)

Sinopse
Tomek é um garoto 19 anos, que mora com uma velha senhora, mãe de um amigo seu e trabalha numa agência do correio. Tímido e solitário, passa suas noites a observar com uma luneta, da janela de seu quarto, sua vizinha Magda, uma mulher dez anos mais velha pela qual acaba se apaixonando. Começa a ao companhar sua vida íntima, seus encontros amorosos e seus telefonemas, enquanto arquiteta planos para fazer com que seus destinos cruzem, como enviar bilhetes de correio falsos e entregar leite todas as manhãs em sua casa. Quando finalmente consegue chamar sua atenção, as coisas acabam acontecendo de forma dramática, confundindo as barreiras entre o amor platônico e a violência do desejo. Ganhou os Prêmios da Crítica e do Público na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o Prêmio Especial do Júri e o Prêmio OCIC no Festival Internacional de San Sebastián e os Prêmios de Melhor Atriz, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Filme e o Leão de Ouro no Festival de Cinema da Polônia. Duração: 86 minutos.

04/06 - Eu fui um soldado

Eu fui um soldado - Krzysztof Kieslowski (1971)

Sinopse
Curta-metragem no estilo da maioria dos incisivos filmes de oposição à guerra. A figura de um soldado é descrita aqui de forma completamente diferente da que foi promovida pela propaganda oficial polonesa. O diretor descreve o alto preço a ser pago pelos soldados iludidos às “aventuras de guerra” nos campos de batalha. Duração: 16 minutos.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Mês de junho - Krzysztof Kieslowski

O polonês Krzysztof Kieslowski é um dos principais diretores europeus da história com filmes marcantes nas décadas de 80 e 90. Utilizando uma pequena quantidade de diálogos, Kieslowski se concentrou no poder da imagem e das cores para produzir filmes que mergulhem profundamente na alma humana.
Durante o mês de maio, o Cine Clube Ybitu Katu exibirá aos sábados dois filmes de Krzysztof Kieslowski, um curta-metragem (CM) seguido de um longa-metragem (LM).

Programção de Junho - Krzysztof Kieslowski

06/06: Eu fui um soldado (CM) / Não amarás (LM)
13/06: Escritório (CM) / Sem fim (LM)
20/06: O Bonde (CM) / Sorte Cega (LM)
27/06: Talking Heads (CM) / A Liberdade é Azul (LM)