quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

19/12: Mother (Bong Joon-ho, 2009)

Mother - Bong Joon-ho (2009)
Sinopse
O filme conta a história de um jovem deficiente mental que é preso acusado de matar uma estudante da pequena cidade onde vive. O jovem é incapaz de negar ou confirmar o assassinato, apesar de comprovado que ele estava na cena do crime. Sua única esperança reside em sua mãe, superprotetora e obstinada tentará de todas as maneiras provar a inocência do filho. Bong Joon-ho usa o terror por meio de um quotidiano repleto de personagens bizarros, momentos de humor e diálogos inusitados que contribuem em um suspense diferente dos outros. Um dos filmes mais badalados da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo deste ano. Duração: 128 minutos.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

19/12 Exibição do curta: "Os Que Vivem o Sonho"


No próximo sábado, dia 19/12, às 19:30 antes de exibir-mos o filme Mother (Joon-ho Bong, 2009), exibiremos o curta "Os Que Vivem o Sonho" com direção de Lia Nahomi Kajiki (estudante da Unesp de Botucatu).

Sinopse:
Curta metragem com duração de aproximadamente 9min, produzido como um trabalho de conclusao de curso em bacharelado de Biologia na UNESP de Botucatu.
As aves sao aquelas que tornam mundano o maior sonho do homem: o de voar. Não é um documentario, muito menos um romance..."Os que vivem o sonho" é um curta-metragem que tenta abordar caracteristicas da biologia das aves de uma forma dinamica e facil de se compreender, e acrescentar ainda uma visão cinematografica a respeito da maneira como encaramos o mundo natural em que estamos inseridos.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

12/12: Oldboy (2003)


Sinopse: Um homem que passou 15 anos aprisionado em um quarto é solto sem explicação. Em busca de respostas, ele parte atrás de vingança contra o homem que o seqüestrou.

12/12: Crítica - Oldboy


Por Pablo Villaça.

Oldboy é uma tragédia grega produzida na Coréia do Sul. Inicialmente enfocando o desejo de vingança de seu protagonista, o filme aos poucos mergulha em uma trama repleta de reviravoltas que, a cada nova revelação, leva o espectador a compreender um pouco melhor a mentalidade doentia de seu vilão e a dimensão absolutamente horrenda de seus planos para destruir a vida do pobre herói.

Herói? Corrijo: anti-herói. Vivido com intensidade por Min-sik Choi, o infeliz Oh Dae-su é um indivíduo fraco que, entregue ao álcool, perde o aniversário da própria filha e, depois de aparentemente se meter em uma briga de bar, é levado para a delegacia mais próxima, onde continua a agir de forma pouco social (uma seqüência hilária, diga-se de passagem). Depois de liberado graças à ajuda de um amigo, no entanto, ele acaba sendo seqüestrado e colocado em cativeiro – situação que irá durar nada menos do que quinze anos. Sem saber quem o aprisionou nem o motivo, Dae-su tem apenas uma televisão para lhe fazer companhia – e, de acordo com suas palavras, o aparelho lhe serve como relógio, calendário escola, lar, igreja, amiga...e amante. A tevê funciona, também, como uma espécie de Abade Faria (o mentor de Edmond Dantès em O Conde de Monte Cristo – que chega a ser citado em Oldboy), alimentando a mente e a alma de Dae-su e impedindo que este enlouqueça enquanto planeja sua vingança contra seus captores.

A partir daí, o ótimo roteiro (escrito a oito mãos) dedica-se a estudar as conseqüências psicológicas do longo isolamento imposto ao herói, que, ao encontrar uma pessoa depois de quinze anos sozinho, parece retornar a uma condição quase animalesca, cheirando o outro e forçando-o a acariciar seu rosto – numa ilustração tocante de sua imensa carência. Porém, assim que se acostuma à liberdade recém-conquistada, Dae-su resolve testar se 'o treinamento imaginário de 15 anos pode ser posto em prática, já que passou todo aquele período esmurrando as paredes (observe suas articulações calosas – um detalhe que o filme não esquece) e praticando artes marciais. Esta curiosidade culmina em um dos melhores momentos de Oldboy, quando, em um longo plano sem cortes, vemos o protagonista enfrentar raivosamente uma série de marginais numa luta desajeitada que parece cansativa e real como poucas do gênero.

O filme, aliás, não economiza na violência, levando o espectador a se encolher na poltrona diversas vezes (principalmente aqueles que têm medo de dentista). Ainda assim, o competente diretor Chan-wook Park extrai humor da natureza violenta da história, o que explica a fascinação que Quentin Tarantino demonstrou por este projeto depois de vê-lo no Festival de Cannes de 2004. E, enquanto a fotografia sombria e triste de Jeong-hun Jeong confere um tom quase noir à produção, a trilha composta por Yeong-wook Jo (com `contribuições`de Vivaldi) surge melancólica e evocativa, acentuando a infeliz trajetória de Dae-su. Além disso, Oldboy ainda é beneficiado pela montagem extremamente fluida, que prima pelas passagens de cena criativas e dinâmicas.

Fortalecido também pelas performances de seu elenco principal, o filme guarda suas maiores armas para o ato final, quando finalmente compreendemos toda a extensão dos planos de seu vilão – que, de forma fascinante, parece perceber que exagerou na dose (uma reação que, confesso, não me lembro de ter visto antes no Cinema). Aliás, quando percebi para onde a trama caminhava, confesso que cheguei a sussurrar para mim mesmo (e perdoem-me pela vulgaridade): "Puta que pariu. Puta que pariu. Puta que pariu". Sim, eu poderia ter dito algo mais elegante, como "Oh, Céus, não creio no que meus olhos me dizem!", mas nada poderia expressar meu choque melhor do que um "puta que pariu" em alto e bom som.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

05/12: A Casa Vazia (Kim ki-Duk, 2004)

Casa Vazia - Kim Ki-Duk (2004)


Sinopse
Um jovem vagabundo invade a casa de estranhos e mora nelas enquanto os donos estão fora. Para pagar a estadia ele realiza pequenos consertos ou faz limpeza na casa. Ele costuma ficar um ou dois dias em cada lugar, trocando de casa constantemente. Até que um dia encontra uma bela mulher em uma mansão, que assim como ele também está tentando escapar da vida que leva. Duração: 95 minutos

05/12: Crítica: A Casa Vazia

por Celso Sabadin
Extraído de http://cinema.cineclick.uol.com.br/criticas/ficha/filme/casa-vazia/id/1083


O cinema oriental ataca novamente. E com muita qualidade! Co-produzido entre Japão e Coréia do Sul, Casa Vazia é um drama belo e hipnótico que merece ser conferido com muita atenção. O filme começa de maneira simples e despretensiosa, mostrando um jovem distribuindo panfletos publicitários em portas de casas e apartamentos. Um gesto corriqueiro que revela intenções pouco nobres: no dia seguinte, o rapaz observa as residências que ainda mantêm os folhetos presos às portas, o que sinaliza o título do filme - casa vazia - e, portanto, passível de ser arrombada. Um ladrão? Não. Novamente o roteiro nos prega uma peça e mostra que o jovem entra nas casas apenas para tomar um banho, ver um pouco de TV e desfrutar de uma boa noite de sono. Assalto, somente às geladeiras. Em troca, ele conserta algo que esteja quebrado e ainda lava algumas peças de roupas da residência invadida. Quando percebe que o dono pode voltar, vai embora.

O conflito começa de fato quando o rapaz, numa de suas invasões, conhece uma modelo agredida pelo marido. A identificação entre ambos é imediata. Cada um parece projetar no outro o apoio necessário para suportar suas contrariedades. Ele, vitimado pela extrema solidão, se solidariza com ela na dor. Ela, com hematomas físicos e emocionais, vê nele a fuga possível. Os dois outsiders ensaiam uma associação amorosa e "profissional" no ofício do arrombamento.

O diretor e roteirista sul-coreano Kim Ki-Duk (de Primavera, Verão, Outono, Inverno... e Primavera) traça em Casa Vazia um doloroso e poético painel sobre a solidão e o isolamento. A direção é extremamente sóbria e minimalista. Os protagonistas nem precisam se expressar verbalmente para externar suas dores. Não há uma única palavra trocada pelo casal. Já os coadjuvantes falam normalmente. Mas o que é "normalmente"? Esta profunda dicotomia entre o verbal e o não-verbal contribui para que os protagonistas sejam colocados num outro plano, numa espécie de limbo situado alguns patamares acima da existência banal e cotidiana. Mais que isso, o rapaz arrombador de casas ainda desenvolve um treinamento para passar o mais despercebido possível de todos, para quase "desaparecer", numa licença poética que pode simbolizar um verdadeiro nirvana dentro de um insatisfatório cotidiano material. Se o Budismo prega que o homem deve se desprover de tudo o que ele não possa carregar consigo, o filme propõe - radical e poeticamente - que o próprio peso do nosso corpo faça parte deste desprendimento.

Vencedor do Prêmio da Crítica em Veneza, Casa Vazia é uma ode ao desapego como caminho para o combate à solidão. Belo e poeticamente oriental.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Programação Dezembro: Cinema Sul Coreano

Aclamado pela crítica internacional e nacional, o cinema sul-coreano é um dos que mais têm dado bons frutos nos últimos tempos, resultado de uma Coréia ativa, em ascensão cultural e econômica. A Coréia do Sul é um dos únicos países no mundo em que o cinema nacional é mais visto que o cinema norte-americano. Uma febre no oriente, principalmente Japão e China, o cinema coreano já ganhou vários prêmios na Europa e cada vez mais vêm ganhando espaço e encantando platéias de cinemas e cineclubes no Brasil.
O Cine Clube Ybitu Katu exibe:

05/12: Casa Vazia (Kim Kim Duk, 2004)
Um jovem vagabundo invade a casa de estranhos e mora nelas enquanto os donos estão fora. Para pagar a estadia ele realiza pequenos consertos ou faz limpeza na casa. Ele costuma ficar um ou dois dias em cada lugar, trocando de casa constantemente. Até que um dia encontra uma bela mulher em uma mansão, que assim como ele também está tentando escapar da vida que leva. Duração: 95 minutos

12/12: Oldboy (Chan-wook Park, 2003)
1988. Oh Dae-su (Choi Min-sik) é um homem comum, bem casado e pai de uma garota de 3 anos, que é levado a uma delegacia por estar alcoolizado. Ao sair ele liga para casa de uma cabine telefônica e logo em seguida desaparece, dexando como pista apenas o presente de aniversário que havia comprado para a filha. Pouco depois ele percebe estar em uma estranha prisão, que na verdade é um quarto de hotel onde há apenas uma TV ligada, no qual recebe pouca comida na porta e respira um gás que o faz dormir diariamente. Através do noticiário da TV ele descobre que é o principal suspeito do assassinato brutal de sua esposa, o que faz com que tente o suicídio. Sem obter sucesso, ele passa a se adaptar à escuridão de seu quarto e a preparar seu corpo e sua mente para sobreviver à pena que está sendo obrigado a cumprir sem saber o porquê. Duração: 120 minutos

19/12: Mother (Joon-ho Bong, 2009)
O filme conta a história de um jovem deficiente mental, vivido pelo ator Won Bi, que é preso acusado de matar uma estudante da pequena cidade onde vive. O jovem é incapaz de negar ou confirmar o assassinato, apesar de comprovado que ele estava na cena do crime. Sua única esperança reside em sua mãe, interpretada por Kim Hye-ja, uma das atrizes mais respeitadas da televisão coreana, superprotetora e obstinada tentará de todas as maneiras provar a inocência do filho. Bong Joon-ho usa o terror por meio de um quotidiano repleto de personagens bizarros, momentos de humor e diálogos inusitados que contribuem em um suspense diferente dos outros.
Duração: 128 minutos.

Cartaz - Programação Dezembro 2009