por Celso Sabadin
Extraído de http://cinema.cineclick.uol.com.br/criticas/ficha/filme/as-ruas-de-casablanca/id/438
Extraído de http://cinema.cineclick.uol.com.br/criticas/ficha/filme/as-ruas-de-casablanca/id/438
Ali é um menino de rua igual a milhões de outros espalhados pelo mundo. Seu sonho é se tornar marinheiro e viajar para uma ilha mágica, banhada por dois sóis. Um sonho bruscamente interrompido por uma pedrada na cabeça: uma briga entre gangues deixa Ali morto, e seus três amigos - Kwita, Omar e Boubker- atônitos. O problema agora passa a ser o enterro de Ali. O que fazer com o corpo? Como avisar a mãe dele? Como sobreviver nas injustas ruas de Casablanca? Problemas que parecem gigantescos demais para o pequeno grupo de meninos sem teto.
Produzido por França, Marrocos, Bélgica e Tunísia, As Ruas de Casablanca fixa suas lentes num porto marroquino para mostrar um problema mundial: o das crianças de rua. Mesmo falado em árabe e rodado do outro lado do Atlântico, as semelhanças com o Brasil são imensas. Criança é criança em qualquer lugar do mundo. Pobreza e abandono também.
Apesar do tema, o filme não é panfletário. Sensível e muito bem dirigido por Nabil Ayouch , As Ruas de Casablanca é, antes de tudo, humano. Sem heróis, nem vilões, apenas sobreviventes à deriva da vida. Não busca causas, mas mostra os efeitos. E encanta ao escancarar na tela o talento dos garotos que vivem magnificamente seus papéis principais. A exemplo do que aconteceu em Pixote, de Hector Babenco, todas eles são realmente crianças de rua, sem nenhuma experiência interpretativa anterior.
Com vários pontos em comum com o espanhol Barrio, o argentino Pizza, Birra, Faso e o uruguaio 25 Watts, As Ruas de Casablanca contrapõe as cores áridas do Marrocos a uma narrativa despojadamente terna. Com ótimos resultados. Não por acaso, o filme foi muito premiado internacionalmente, tendo levado, entre outros, o Prêmio do Júri Ecumênico no Festival de Montreal, o Cavalo de Bronze no Festival de Estocolmo, e os prêmios de público em Amiens e Bruxelas.
Uma curiosidade: o garoto que interpretou o papel onde ele deveria se apaixonar por uma estudante ginasial, realmente se apaixonou pela menina. E vivia tentando seduzi-la, com seu jeito infantil. Para impressioná-la, ele saltou de cima de um pequeno muro, caiu num buraco e quebrou três dedos. As filmagens tiveram de ser interrompidas por cinco semanas.
Produzido por França, Marrocos, Bélgica e Tunísia, As Ruas de Casablanca fixa suas lentes num porto marroquino para mostrar um problema mundial: o das crianças de rua. Mesmo falado em árabe e rodado do outro lado do Atlântico, as semelhanças com o Brasil são imensas. Criança é criança em qualquer lugar do mundo. Pobreza e abandono também.
Apesar do tema, o filme não é panfletário. Sensível e muito bem dirigido por Nabil Ayouch , As Ruas de Casablanca é, antes de tudo, humano. Sem heróis, nem vilões, apenas sobreviventes à deriva da vida. Não busca causas, mas mostra os efeitos. E encanta ao escancarar na tela o talento dos garotos que vivem magnificamente seus papéis principais. A exemplo do que aconteceu em Pixote, de Hector Babenco, todas eles são realmente crianças de rua, sem nenhuma experiência interpretativa anterior.
Com vários pontos em comum com o espanhol Barrio, o argentino Pizza, Birra, Faso e o uruguaio 25 Watts, As Ruas de Casablanca contrapõe as cores áridas do Marrocos a uma narrativa despojadamente terna. Com ótimos resultados. Não por acaso, o filme foi muito premiado internacionalmente, tendo levado, entre outros, o Prêmio do Júri Ecumênico no Festival de Montreal, o Cavalo de Bronze no Festival de Estocolmo, e os prêmios de público em Amiens e Bruxelas.
Uma curiosidade: o garoto que interpretou o papel onde ele deveria se apaixonar por uma estudante ginasial, realmente se apaixonou pela menina. E vivia tentando seduzi-la, com seu jeito infantil. Para impressioná-la, ele saltou de cima de um pequeno muro, caiu num buraco e quebrou três dedos. As filmagens tiveram de ser interrompidas por cinco semanas.
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