por Tiago Mota
Extraído de http://paradacritica.blogspot.com/2009/02/ninho-vazio-el-nido-vacio.html
Extraído de http://paradacritica.blogspot.com/2009/02/ninho-vazio-el-nido-vacio.html
Nossos hermanos da Argentina fazem bom cinema, isso já é sabido. É uma pena que não muitas produções argentinas cheguem a nós, motivo pelo qual vale conferir Ninho Vazio, na sala alternativa mais perto de você. É interessante notar a estética diferente, a narração típica e mesmo a fotografia puxando bastante do cinema europeu. Aliás, como é colocado pelo senso comum, os argentinos adoram se sentir europeus, e se no cinema isso não é necessariamente verdade, neste filme é. Das paisagens às tomadas, e às vezes também na forma como colocam os diálogos, por pouco não somos enganados. Só a trilha sonora, alternando entre o jazz norte-americano e a bossa - sim, a nossa bossa - remonta ao clima do reino do Prata.
O diretor, Daniel Burman, gosta de dramas familiares. Seus dois últimos filmes, Direitos de Família e Abraço Partido, tratam desse tema, e especificamente relacionado ao pai. Ninho Vazio segue a mesma tendência, acompanhando um pai depois que seus filhos deixaram o lar. No papel principal, Oscar Martínez, um dos mais conhecidos atores argentinos, em uma atuação muito boa. Como seu par, Cecilia Roth é aquela atriz que temos a sensação de já ter visto antes. Estamos certos, ela protagonizou Tudo Sobre Minha Mãe, de Almodovar. O estilo argentino de drama é bastante realista, com cenas em que às vezes todos falam ao mesmo tempo e não se percebe um diálogo propriamente dito, e outros com longos silêncios. A trama, muito centrada em um único personagem, parece correr solta, mas é na verdade uma ótima armadilha de Burman.
Para quem gosta mesmo de cinema, uma visita à filmes como este são essenciais. Além de nos impactarem com as diferenças estéticas, também nos apresentam uma sétima arte muito boa, nossa vizinha, e a quem não damos muita atenção. Eles produzem mais que nós, e a mais tempo, mas com mais ou menos o mesmo dinheiro. E, mesmo em filmes aparentemente simples como este, podemos perceber que há um caminho a ser trilhado por nós. Pelo menos no cinema, vamos esquecer a eterna rixa brasileiro-argentino - rixa que, aliás, para eles se resume ao futebol.
O diretor, Daniel Burman, gosta de dramas familiares. Seus dois últimos filmes, Direitos de Família e Abraço Partido, tratam desse tema, e especificamente relacionado ao pai. Ninho Vazio segue a mesma tendência, acompanhando um pai depois que seus filhos deixaram o lar. No papel principal, Oscar Martínez, um dos mais conhecidos atores argentinos, em uma atuação muito boa. Como seu par, Cecilia Roth é aquela atriz que temos a sensação de já ter visto antes. Estamos certos, ela protagonizou Tudo Sobre Minha Mãe, de Almodovar. O estilo argentino de drama é bastante realista, com cenas em que às vezes todos falam ao mesmo tempo e não se percebe um diálogo propriamente dito, e outros com longos silêncios. A trama, muito centrada em um único personagem, parece correr solta, mas é na verdade uma ótima armadilha de Burman.
Para quem gosta mesmo de cinema, uma visita à filmes como este são essenciais. Além de nos impactarem com as diferenças estéticas, também nos apresentam uma sétima arte muito boa, nossa vizinha, e a quem não damos muita atenção. Eles produzem mais que nós, e a mais tempo, mas com mais ou menos o mesmo dinheiro. E, mesmo em filmes aparentemente simples como este, podemos perceber que há um caminho a ser trilhado por nós. Pelo menos no cinema, vamos esquecer a eterna rixa brasileiro-argentino - rixa que, aliás, para eles se resume ao futebol.
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