sexta-feira, 2 de março de 2012

Programação Março de 2012: 1959 - O Fantástico Ano do Cinema Francês

No ano de 1959, todos os grande diretores franceses lançaram filmes que serviram como base da nouvelle-vague francesa e revolucionaram o cinema mundial.

O Cine Clube Ybitu Katu exibe:

03/03: Acossado (Jean-Luc Goudard, 1959)
O filme retrata o amor fatal entre um criminoso fugitivo, Michael Poiccard e Patrícia, uma jovem norte-americana aspirante a jornalista. Michel rouba um carro em Marselha, mata um policial no caminho para Paris e, ao chegar, encontra Patrícia, que vende jornais na Champs-Élysées. Enquanto foge da polícia, aplica outros golpes na cidade. Duração: 90 minutos.

10/03: Os Incompreendidos (François Truffaut, 1959)
Antoine Doinel é um garoto de 14 anos. Seus pais não lhe dão muita atenção, então ele mata aula para ir ao cinema e sair com seus amigos. Certo dia, ele descobre que sua mãe tem um amante. Este é o primeiro longa de Truffaut, considerado um dos diretores europeus mais importantes de todos os tempos. Duração: 94 minutos

17/03: Hiroshima Mon Amour (Alain Resnais, 1959)
Uma atriz francesa está no Japão para atuar em um filme pacifista sobre a hecatombe nuclear em Hiroshima. Enquanto se relaciona com o amante, arquiteto japonês que sobreviveu à guerra, ela relembra o primeiro amor, um soldado alemão. “Hiroshima, Mon Amour” é a estreia em ficção do francês Alain Resnais (1922). Fascinado pela análise da memória e do esquecimento, o diretor adota gêneros variados em obras que desafiam a lógica das narrativas convencionais. Com roteiro da escritora Marguerite Duras (1914-1996), “Hiroshima Mon Amour” é dos casamentos mais arrojados entre cinema e literatura. A mistura de passado e presente, traumas e afetos resulta em um filme cuja poesia é ainda única na história do cinema. Duração: 89 minutos

24/03: PickPocket - O Batedor de Carteiras (Robert Bresson, 1959)
O personagem principal é Michel (Martin LaSalle), um jovem que começa a bater carteiras por prazer e pela emoção do roubo, e isso vira uma compulsão. Ele é preso, percebe o choque que isso causa em sua mãe e em seus amigos e reflete sobre seus atos. Porém, depois de solto, ele se junta a um ladrão veterano e volta ao crime. Sua consciência pesa, bem como a memória de sua mãe. Também a presença de Jeanne (Marika Green), uma jovem por quem se apaixona, lhe faz pensar em deixar o crime, o que acontece de forma irônica. O filme contou com um batedor de carteiras como consultor. A frieza do tratamento, o rigor e a economia dos efeitos psicológicos faz deste filme um grande clássico da escola Bresson. Inspirado em Crime e Castigo, de Dostoievski. Duração: 75 minutos.

31/03: Os Primos (Claude Chabrol, 1959)

A história de Les Cousins gira em torno de dois jovens que são primos e são estudantes universitários, em Paris. Charles é de uma pequena cidade francesa e foi enviado por sua mãe para viver com seu primo, Paul, que tem um apartamento na cidade. Charles é direto, sincero, sem maldade, um pouco ingênuo. Paul é sofisticado, disposto a aceitar qualquer responsabilidade e pronto para aceitar qualquer papel que possa diverti-lo no momento. Em suma, Charles é o menino do interior, e Paul o playboy cosmopolita. Quando se trata de estudar, Charles é sério e dedicado, enquanto Paul é um hedonista. Essa dicotomia é enfatizada a cada passo através do filme e que pode parecer muito simples. Mas há um movimento interno na mente do protagonista, Charles, com a sua visão do mundo inocente moldado a partir de valores tradicionais que é contestada pela face da corrupção. De alguma forma, Les Cousins pode ser visto como uma descida ao inferno, e há pistas por todo o filme que reforçam essa metáfora.Basta você identificá-las. Duração: 112 minutos

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