Depois de duas décadas no ostracismo por conta da censura do regime comunista, o cinema chinês, nas décadas de 1990 e 2000, volta a ganhar destaque no cenário mundial, por conta, principalmente, de diretores como Wong Kar-Wai, Jia Zhang-Ke e Zhang Yimou, que vem ganhando destacados prêmios em diversos festivais internacionais. Entretanto, a origem do cinema chinês remota do início do século XX, sendo o primeiro filme realizado em 1905 que consiste em uma gravação da Ópera de Pequim, Ding Jun Shan. Na década seguinte, há um domínio de produtoras estrangeiras, mas na década de 20, a indústria cinematográfica doméstica começa a desenvolver-se, sobretudo na cidade de Xangai. É de 1922 o filme chinês mais antigo ainda conservado, O romance de um vendedor de frutas de Shichuan Zhang.
Entretanto, as primeiras películas que vão ganhar grande notoriedade serão produzidas na década de 30, com o aparecimento das idéias comunistas, como Chūncán (Cheng Bugao, 1933 – em inglês, Spring Silkworms) e Dàlù (Sun Yu, 1935 - em inglês, The Big Road). Com a ocupação de Xangai pelos japoneses durante a II Guerra Mundial, esta produção é interrompida, só retornando a partir de 1946. É nessa época que são produzidos os grandes clássicos do cinema chinês antigo, como Wànjiā dēnghuǒ (Shen Fu, 1948 – em inglês Myriad of lights); Xiǎochéng zhī chūn (Fei Mu, 1948 – em inglês Spring in a small town) e Wūyā yŭ máquè (Zheng Junli, 1949 – em inglês Crows and Sparrows). O filme Spring in a small town foi escolhido em 1999 por uma comissão de críticos da China, Hong Kong e Taiwan, o melhor filme chinês de todos os tempos. Com a tomada de poder em 1949 por Mao-Tsé Tung, o governo passa a ver o cinema como uma maneira eficaz de se fazer propaganda. De 1949 até 1966 houve um grande aumento na produção cinematográfica, incluindo o envio de diretores chineses para Moscou ter aulas de direção de cinema com os russos e a abertura da Academia de Cinema de Pequim, em 1956. O cineasta mais destacado dessa época era Xie Jin, que dirigiu O Exército Vermelho de Mulheres (1961) e Wutai jiemei (1965 – em inglês Two Stage Sisters).
Com a Revolução Cultural Chinesa de 1966 e a paralisação do progresso material e tecnológico do país por ela provocada, aliada a uma rígida censura, fez com que o cinema chinês se tornasse inexpressivo até a década de 80, com a reabertura da Academia de Cinema de Pequim. A primeira turma de cineastas formada desde a sua abertura, contava com Zhang Yimou e Chen Kaige que na década de 90 voltariam a colocar o cinema chinês no mapa em grande estilo, dando origem ao Novo Cinema Chinês. Chen Kaige vence a Palma de Ouro em Cannes com o clássico Adeus Minha Concubina (1993) e Zhang Yimou vence o Urso de Ouro em Berlim com Lanternas Vermelhas (1991), além de carregar outros inúmeros prêmios com Nenhum a menos e O Caminho Para Casa, ambos de 1999.
Na década de 2000, surge uma nova geração de cineastas chineses que além de manter a qualidade da geração anterior, experimenta novas formas estéticas que acabam por colocar o cinema chinês como um marco vanguardista desta década, com destaque para Zhang Yuan, diretor de Pequenas Flores Vermelhas (2006) e Jian Zhang-Ke, diretor dos aclamadíssimos O Mundo (2004) e Em busca da vida (2006); além de Tsai Ming-Liang, vindo de Taiwan, diretor de A hora da partida (2001) e O sabor da melancia (2005). Entretanto, o que talvez seja o maior nome do cinema chinês na atualidade vem de Hong-Kong e seu nome é Wong Kar-Wai. Uma das principais características do cinema de Wong Kar-Wai é a extrema sensibilidade humana e estética que ele aplica em seus filmes, seja em um relacionamento homossexual (Felizes juntos, 1997), em uma traição amorosa (Amor à flor da pele, 2000), ou em um amor platônico (2046 – Segredos do Amor, 2004).
Entretanto, as primeiras películas que vão ganhar grande notoriedade serão produzidas na década de 30, com o aparecimento das idéias comunistas, como Chūncán (Cheng Bugao, 1933 – em inglês, Spring Silkworms) e Dàlù (Sun Yu, 1935 - em inglês, The Big Road). Com a ocupação de Xangai pelos japoneses durante a II Guerra Mundial, esta produção é interrompida, só retornando a partir de 1946. É nessa época que são produzidos os grandes clássicos do cinema chinês antigo, como Wànjiā dēnghuǒ (Shen Fu, 1948 – em inglês Myriad of lights); Xiǎochéng zhī chūn (Fei Mu, 1948 – em inglês Spring in a small town) e Wūyā yŭ máquè (Zheng Junli, 1949 – em inglês Crows and Sparrows). O filme Spring in a small town foi escolhido em 1999 por uma comissão de críticos da China, Hong Kong e Taiwan, o melhor filme chinês de todos os tempos. Com a tomada de poder em 1949 por Mao-Tsé Tung, o governo passa a ver o cinema como uma maneira eficaz de se fazer propaganda. De 1949 até 1966 houve um grande aumento na produção cinematográfica, incluindo o envio de diretores chineses para Moscou ter aulas de direção de cinema com os russos e a abertura da Academia de Cinema de Pequim, em 1956. O cineasta mais destacado dessa época era Xie Jin, que dirigiu O Exército Vermelho de Mulheres (1961) e Wutai jiemei (1965 – em inglês Two Stage Sisters).
Com a Revolução Cultural Chinesa de 1966 e a paralisação do progresso material e tecnológico do país por ela provocada, aliada a uma rígida censura, fez com que o cinema chinês se tornasse inexpressivo até a década de 80, com a reabertura da Academia de Cinema de Pequim. A primeira turma de cineastas formada desde a sua abertura, contava com Zhang Yimou e Chen Kaige que na década de 90 voltariam a colocar o cinema chinês no mapa em grande estilo, dando origem ao Novo Cinema Chinês. Chen Kaige vence a Palma de Ouro em Cannes com o clássico Adeus Minha Concubina (1993) e Zhang Yimou vence o Urso de Ouro em Berlim com Lanternas Vermelhas (1991), além de carregar outros inúmeros prêmios com Nenhum a menos e O Caminho Para Casa, ambos de 1999.
Na década de 2000, surge uma nova geração de cineastas chineses que além de manter a qualidade da geração anterior, experimenta novas formas estéticas que acabam por colocar o cinema chinês como um marco vanguardista desta década, com destaque para Zhang Yuan, diretor de Pequenas Flores Vermelhas (2006) e Jian Zhang-Ke, diretor dos aclamadíssimos O Mundo (2004) e Em busca da vida (2006); além de Tsai Ming-Liang, vindo de Taiwan, diretor de A hora da partida (2001) e O sabor da melancia (2005). Entretanto, o que talvez seja o maior nome do cinema chinês na atualidade vem de Hong-Kong e seu nome é Wong Kar-Wai. Uma das principais características do cinema de Wong Kar-Wai é a extrema sensibilidade humana e estética que ele aplica em seus filmes, seja em um relacionamento homossexual (Felizes juntos, 1997), em uma traição amorosa (Amor à flor da pele, 2000), ou em um amor platônico (2046 – Segredos do Amor, 2004).
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