Indicação de “Paradise Now” gera protestos em Israel
da Efe, em Israel
Extraído de www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u93273.shtml
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Vista aérea de Jerusálem
A indicação de "Paradise Now" ao Oscar tem provocado protestos em Israel --o filme retrata a história de dois amigos palestinos que são convocados para serem homens-bomba em um atentado. "Paradise Now", que compete com outros quatro filmes ao Oscar de melhor estrangeiro, é apresentado no site oficial da Academia de Hollywood como a "candidatura da Palestina", um país cuja independência foi proclamada pela OLP (Organização para a Libertação da Palestina ) em 1988, na Argélia, mas que ainda não foi reconhecido pela maior parte da comunidade internacional. O rótulo provocou o protesto de judeus em Israel e nos Estados Unidos que são contra, também, a indicação de um filme que humaniza os homens-bomba.
Os protagonistas, os palestinos Said e Khaled, são recrutados por uma facção armada para um atentado suicida em Tel Aviv. A história se passa nas 27 horas restantes de suas vidas, nas quais se preparam para o ataque e se despedem de sua família e amigos. "Paradise Now" já ganhou diversos prêmios --entre eles o Globo de Ouro como melhor filme estrangeiro e o Anjo Azul do Festival de Cinema de Berlim, além de uma premiação da Anistia Internacional.
O Projeto de Israel, organização independente que busca defender a imagem do país no mundo, já reuniu as assinaturas de 32 mil pessoas que exigem a exclusão de "Paradise Now" da lista de indicados ao Oscar. Segundo o grupo, a nomeação do filme representa a glorificação dos suicidas palestinos que mataram centenas de israelenses durante os últimos cinco anos e meio de conflitos. As principais redes de cinemas israelenses se negaram a exibir a produção, com o argumento de que apresentar um olhar compreensivo sobre os suicidas palestinos não renderia bilheteria. Entre os palestinos, o filme foi bem recebido, embora também tenha sido criticado por insinuar que um dos palestinos decide se transformar em suicida por pressões sociais.
Os protagonistas, os palestinos Said e Khaled, são recrutados por uma facção armada para um atentado suicida em Tel Aviv. A história se passa nas 27 horas restantes de suas vidas, nas quais se preparam para o ataque e se despedem de sua família e amigos. "Paradise Now" já ganhou diversos prêmios --entre eles o Globo de Ouro como melhor filme estrangeiro e o Anjo Azul do Festival de Cinema de Berlim, além de uma premiação da Anistia Internacional.
O Projeto de Israel, organização independente que busca defender a imagem do país no mundo, já reuniu as assinaturas de 32 mil pessoas que exigem a exclusão de "Paradise Now" da lista de indicados ao Oscar. Segundo o grupo, a nomeação do filme representa a glorificação dos suicidas palestinos que mataram centenas de israelenses durante os últimos cinco anos e meio de conflitos. As principais redes de cinemas israelenses se negaram a exibir a produção, com o argumento de que apresentar um olhar compreensivo sobre os suicidas palestinos não renderia bilheteria. Entre os palestinos, o filme foi bem recebido, embora também tenha sido criticado por insinuar que um dos palestinos decide se transformar em suicida por pressões sociais.
Diretor de Paradise Now responde a críticas
Diretor palestino Hany Abu-Assad agradecendo o prêmio Anjo Azul do Festival de Cinema de Berlim
Los Angeles - O diretor palestino do filme Paradise Now, Hany Abu-Assad, respondeu no jornal norteamericano Variety às acusações recebidas na petição assinada por 22 mil pessoas e enviada para a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas com o pedido de tirar o filme da disputa pelo Oscar de melhor filme estrangeiro. O filme é acusado de justificar os ataques dos suicidas palestinos contra os civis israelenses. “É um pequeno grupo de pessoas. Gostaria de saber o que tanto as incomoda no meu filme. Só protestar não basta, é preciso poder sustentar uma discussão com as pessoas que pensam diferente da gente. Civilidade, diálogo e humanidade andam juntas. Essas pessoas deveriam fazer um filme para mostrar o seu ponto de vista”, disse o diretor palestino. Paradise Now mostra as 24 horas que antecederam um atentado suicida em Israel de dois jovens palestinos, Said Nashef e Khaled Suliman, selecionados para realizar o ataque. A petição, assinada por 22.410 pessoas, afirma que o filme justifica tais atos de violência. Uma segunda petição pede à Academia para não apresentar Paradise Now como filme proveniente da Palestina, porque tal Estado, segundo eles, não existe. “Os palestinos são um povo e existe uma terra na qual vivem”, respondeu o diretor Hany Abu-Assad. “Até os Estados Unidos reconhecem a existência de um Estado palestino e o fato de estar atualmente ocupado não significa que não exista”.
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